Em resposta a este desafio, o 1ª Summit de Serviços Ecossistêmicos do FSC na América Latina focou no valor estratégico da conservação, restauração e manejo responsável dos ecossistemas florestais. Realizada no Chile nos dias 23 a 26 de setembro e organizada pelo escritório local do FSC, a Cúpula deu vida ao slogan "Conservar para Impactar" por meio de dados, visitas de campo e relatos em primeira mão.

No primeiro dia, os Parceiros Latino-Americanos da Rede do FSC, a equipe regional e partes interessadas incluindo representantes de diversas empresas do setor privado e comunidades se reuniram para aprender que a certificação FSC não é apenas um selo, mas uma ponte entre o manejo florestal sustentável, a ação climática e a biodiversidade. Vimos como o FSC concluiu 96 projetos de Impacto Verificado em 25 países. Isso significa que 3,5 milhões de hectares são protegidos pela ferramenta Impacto Verificado – metade dos quais na América Latina.

O segundo dia incluiu uma visita ao Fundo Idahue (Viña Concha y Toro). Entre vinhedos e floresta nativa, testemunhamos um exemplo vivo de harmonia: para cada hectare produtivo, existe quase meio acre de floresta esclerófila certificada pelo FSC, repleta de biodiversidade. Além disso, a empresa Concha y Toro utiliza o Impacto Verificado FSC para sequestro e armazenamento de carbono, como parte de seu esforço para reforçar práticas regenerativas em busca de suas metas de sustentabilidade.

O Museu Escolar Laguna Taguatagua (MELT), no coração do vinhedo, personifica a crença de que o território e o patrimônio pertencem às próprias comunidades. Ignacio Celis, Diretor Executivo da Fundación Añañuca e responsável pela iniciativa MELT, explicou que a Viña Concha y Toro já abrigou a megafauna no Chile, no final da Era Glacial.

Pablo Lagos, Engenheiro de Sustentabilidade da Concha y Toro, confirmou: “A conservação, a sustentabilidade e a proteção da floresta nativa são possíveis para a Concha y Toro sob os padrões do FSC e por meio da cooperação com a CONANP (Comissão Nacional de Áreas Naturais Protegidas)”. Esta visita de campo demonstrou como o setor privado, a certificação FSC e instituições locais e acadêmicas podem não apenas proteger a floresta, mas também elevar o valor cultural da terra.

No terceiro dia, a Cúpula combinou dados concretos com depoimentos tangíveis de representantes de comunidades, mostrando como elas se beneficiaram do Impacto Verificado FSC. Incluindo desde apresentações sobre impacto local a painéis focados na expansão de projetos, o dia destacou que boas intenções não são suficientes; precisamos de métricas robustas e financiamento para torná-las viáveis.

Líderes de comunidades e do setor privado enfatizaram que métricas, colaboração e financiamento devem ser implementados rapidamente. Como mencionou Subhra Bhattacharjee, Diretora Geral do FSC: “O momento é urgente. É hora de o setor privado dar um passo à frente. Todos sabemos que os governos estão fazendo o melhor que podem, mas isso não é suficiente.” María Luisa Soto, representante do Ejido Topia no México, acrescentou sua perspectiva: “A floresta não foi queimada; empregos foram criados; geramos impacto social, econômico e ambiental por meio de serviços ecossistêmicos, graças ao FSC”.

No final, "Conservar para Impactar" deixou de ser apenas um slogan, e incorporou o que ouvimos, vimos e sentimos: florestas retribuindo e comunidades empoderadas.

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